para animar a semana

Sim, hoje é apenas quarta-feira, mas esta semana já está ganhando o título de uma das mais difíceis do ano. Ainda bem que a música existe, e salva, acolhe, alegra, acalma.
Duas delas são de artistas que a gente adora aqui na redação, mas que vêm lá de trás dos (adivinhou?) anos 80 e comecinho dos 90. Jessie Ware, que teve um dos discos mais legais do ano passado, regravou Love... Thy Will Be Done, composta e produzida por Prince para a cantora Martika e que eu amo.

E o Parralox, duo australiano que sempre arrasa, resolveu apostar tudo no freestyle regravando Silent Morning do Noel. Os lyric videos deles são sempre muito legais, e este também aposta em capas famosas de discos.

Embora nenhuma das duas versões supere as originais, vale pra new generation conhecer os clássicos de outrora, né? E vamos que vamos, que a semana continua hard, mas pelo menos a trilha é boa.

não sei o que dizer

Quando um amigo me apresentou a este vídeo da cantora Thaís Gulin, minha reação foi de choque. E ainda é, mesmo depois de já ter visto várias vezes. Não consigo chegar a uma conclusão. Será deboche? Será arte? Será bom? Será ruim? A verdade é que estou cada vez mais hipnotizado, não consigo mais tirar isso da cabeça. Ajudem-me com suas conclusões.

vício para ouvir o fim-de-semana todo

Finalmente o single Get Lucky, do Daft Punk com auxílio luxuosíssimo de Nile Rodgers, está entre nós. De pouquinho em pouquinho fomos sendo sugados nessa campanha de lançamento brilhante. Todo mundo ficou intrigado, todo mundo quer mais, e de repente todo mundo (modernas e incautas) está caindo de boca na Discothèque. Mais do que nunca, o duo francês vem recheado de referências ao som do Chic (a guitarra de Nile é inconfundível), ao visual de Thriller e de Boney M. E ainda teremos Giorgio Moroder no disco. Parece um sonho para mim, já que este é exatamente o tipo de música de que mais gosto no universo. Meu bildungsdisco. Já pensou se a Disco faz uma comeback daquelas, que delícia?

Totalmente eclipsados pelo lançamento do ano, o Phoenix também está de volta com um disco delicioso. Temos animação garantida pro fim de semana, né?

We're up all night to get lucky, we're up all night to get lucky, we're up all night to get lucky (eu VIVO para a parte do vocoder!).

listas!

Uau! Nossa última lista nem faz tanto tempo assim, e lá vem mais uma. É assim, meu bem, tem que se ajustar ao programa, que a coisa (a vida, né) anda frenética. Todo mundo sabe que hoje em dia se lança em uma semana o que se lançava em um ano nos anos 80. O que acontece é que nada permanece mais tanto. Tudo bem, sinal dos tempos, e ninguém quer ficar preso ao passado, não é mesmo, minha gente? Mas como separar tanto joio de pouco trigo? Titio No Caso ajuda fazendo aquela curadoria que você só encontra aqui, coração. Então se você gosta de pop legal e pessoas bonitas, se liga nessas. A redação está adorando essa semana:

Demi Lovato - Heart Attack
Eu demorei para começar a curtir essa nova safra das meninas Disney. Demi me conquistou ano passado com Give Your Heart A Break, mas o single que prenuncia seu novo álbum, Heart Attack é aquele pop tão maravilhosamente esquizofrênico que, se você cantar durante o banho (como eu faço), é capaz dos vizinhos chamarem a polícia. Heart AttaaaaAAAAAAAAAAAAAAAaaaack! flaaaaaaaaaames, Flaaaaaaaaaaames, FLAAAAAAAAAAAMES!!! Faz a experiência, não tem como não amar.

Betty Who - The Movement
Betty apareceu em nossas listas! ano passado e agora acaba de lançar um EP com quatro músicas deliciosas. E é de graça. Corre lá no soundcloud dela pra baixar.

Sensual Harrassment - Escape From Alpha Draconis
Outro EP pop-delícia inspirado nos 80s (sempre eles) que sai de presente pra gente. E a gente ama presente.

Footprintz - Escape Yourself
Fazendo aquele linque com os 80s vocês sabem que não tem como eu não gostar, né? Esses canadenses pegam aquela vibe mais sombria do synth-pop, meio Soft Cell. E eu caio feito um patinho.

James Yuill - These Spirits
Ele saiu de Londres para o mundo e seus espíritos já me conquistaram. Ele diz que é mezzo-folk, mezzo-eletrônica. Eu digo que gostei.

Empire Of The Sun - Alive
A gente já tinha amado a estreia deles cinco anos atrás, né? Agora eles finalmente vêm com coisa nova, e esse primeiro single, embora não traga nada de novo, já dá pra começar a matar as saudades.

The Knocks - Modern Hearts
Os novaiorquinos fazem dance music acessível sem ser aquela irritação que tem rolado de uns anos pra cá. Vocês sabem do que eu estou falando, né? Dá pra dançar na balada, dá pra ir pra academia, e tudo isso poupando seus tímpanos de frequências que só cachorros albinos aturam.

Charli XCX - True Romance
Charli demorou tanto pra lançar esse disco, que o fator novidade meio que se dissipou. Seis das treze faixas nós já conhecíamos há algum tempo. Mas ainda assim vale conferir. A menina tem um quê de Marina & The Diamonds, que a gente adora, e vai na contra-mão do sucesso fácil radiofônico. Super cool!

Duke Dumont feat. AME - Need U (100%)
Nós falamos da A.M.E há algum tempo, e ela agora começa a fazer sucesso pelas mãos do DJ Duke Dumont. Eles estão em 1º lugar no Reino Unido com esse house super 90s que não deixa ninguém parado. Dá vontade de fazer igual no clipe pela rua.

Tuxedo
Quem deu a dica foi o Dimitri From Paris, precisa falar mais alguma coisa? Sofisticação é aqui, gente. Pra colocar sua roupa mais rica e ir beber champagne num lugar lindo. Aproveita pra gastar bastante dinheiro, que a música é cortesia da casa.

achei!

Uma das coisas que nunca saíram da minha cabeça foi o especial Cida, a Gata Roqueira, que a Globo exibiu em 1986. Era uma daquelas pílulas surrealistas que só os anos 80 podiam fazer por você. A história era Cinderela meets Flashdance, a menina pobre que quer ser estrela, talvez o tema mais explorado de todos naquela década. Tem Cláudia Raia, Regina Restelli, Rita Lee, Evandro Mesquita, Maria Zilda e até Tim Maia.

Virava e mexia eu tentava pesquisar alguma coisa na internet, mas sempre em vão. Não havia nem uma linha sequer no Google sobre o especial. Mas eu me lembrava muito bem. Gravei em VHS na época e assisti a fita até saber t-u-d-o de cor, como a gente sempre faz quando é criança.

Até que TCHANAN! O especial está inteiro no YouTube. E eu fiquei impressionado que as letras foram voltando todas na minha cabeça.

Quem quiser se divertir, aperta o play now: 

listas! para animar o fim de semana

É chegada a grande hora de abrir os envelopes! Quem ganhará o troféu alta-rotação da redação? Vamos aos indicados:
Slow Knights - Cosmos
Del Marquis, dos Scissor Sisters, chama-se Derek Gruen e lançou este disco como Slow Knights. Entendeu? Não precisa. Precisa é ouvir, porque é uma delícia absoluta e conta, entre outros, com a participação de um de meus maridos imaginários, Rod Thomas do Bright Light Bright Light. Larga tudo e vai ouvir (mas termina a lista antes)

Rhye - Woman
Quem me mandou ouvir este disco foi o supracitado Rod Thomas, que é meu amiguinho de twitter, tá bom pra vocês? É pra ouvir tomando aquele vinho delícia, ou pra seduzir aquele boy que você arrastou da sarjeta pra casa. Chiquíssimo.

Sobriquet - Familiar Strangers
Pop delícia do jeito que a gente gosta. Pode ir de olho fechado.

Sally Shapiro - Somewhere Else
Nós amamos o disco de estreia dessa sueca no longínquo ano de 2008. Ela voltou com mais ou menos a mesma fórmula do outro, e isso não é ruim. Rola uma coisa meio ítalo, meio Pet Shop Boys de saias, tem como eu não curtir?

Jamie Lidell - Jamie Lidell
Ele veio da Inglaterra e faz um som que esbarra às vezes no Sam Sparro, no Prince, mas também um pouco mais esquisito. Pra ouvir prestando atenção, com a mão no queixo.

BLITZKIDS mvt. - Sillhouettes
Eles vieram da Alemanha deglutindo, digerindo e fagocitando tudo do pop desde o finzinho dos 70s e passando pelos New Romantics dos 80s. São milhões de referências, do jeito que eu gosto. Um dos melhores discos pop desse ano até agora, IMHO.

Oliver Koletzki
Ele também é alemão e não tem nada recentíssimo, mas eu descobri agora e estamos tocando bastante aqui na redação. Coisas ultra-fofinhas que dão vontade de pegar aquele avião com destino à felicidade, no caso a Alemanha.

Postal Service - A Tattered Line of String e Turn Around
O Postal Service foi daqueles projetos de um disco só (que saiu em 2003), mas foi tão bem-sucedido e maravilhoso que eles o estão relançando (o aluguel deve estar atrasado, né?) com duas faixas novas.

New Kids On The Block - 10
Todo mundo tem sua boy band favorita, e a minha sempre foi os New Kids. Acho maravilhoso eles ainda estarem na ativa, ainda serem gatos e ainda fazerem coisas pop legais pras gerações que acompanharam e para as novas também.

Young Dreams - Between Places
Essa é uma banda norueguesa que a princípio eu não curti muito, achei meio hippie, meio viajante demais. Mas vai daí que eu entrei nesse LSD musical e terminei a audição achando tudo lindo e querendo pular pelado no parque Ibirapuera.

aula de história

Eu, vocês sabem, curto tanto uma aula de história sobre música e cultura que estou pensando em fazer dela uma seção fixa aqui do blog ("mas você nem posta nada" - você).
Nossa aula de hoje fica por conta de dois documentários fresquinhos. 
O primeiro é sobre a (suposta) primeira rave do Brasil, há vinte anos atrás. Veio Moby, veio Mark Kamins, teve Mau Mau... Lembra daquela delícia de tudo na noite dos anos 90 ser novidade? Eu me lembrei com esse vídeo, embora com aquela pontinha de vergonha que sempre dá quando a gente se depara com nossas versões antigas, né?

O segundo é um programa especial da BBC sobre Nile Rodgers, fundador do Chic e de milhares de outras bandas da Disco, guitarrista absurdo e produtor requisitadíssimo. Eu amo Nile Rodgers, obviamente, e fico feliz que ele fará parte do novo disco do Daft Punk, que também vai resgatar Giorgio Moroder, minha gente. É muita alegria para um coração. Vocês sabem que eu sempre falo a verdade, né? Pois vou falar de novo: Eu nunca amei Daft Punk assim, desesperadamente. Acho que eles têm singles maravilhosos, mas os discos inteiros eram sempre interrompidos por coisas chatas no meio. Espero que eles aproveitem a presença de duas lendas no disco novo e fiquem só com o crème de la crème. Mas de volta ao documentário. Pega lápis e papel e anota tudo, que vai ter arguição depois.