quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
vício da semana
Ok, o vício da semana MESMO é o meu mixtape no post aqui de baixo, né? Mas olha que incrível esse vídeo, que alguém com muita paciência e dedicação compilou de milhões de cenas dos anos 80, uma mais incrível que a outra. A vibe é bem as nossas fitas VHS que a gente tinha e gravava tudo misturado nelas: um capítulo de novela, uma propaganda que a gente adorava, um clipe que ia estrear no Fantástico. E, entre uma coisa e outra, aparecia o que estava gravado por baixo, lembra? São CINQUENTA minutos dessa viagem muito louca, juro que entrei em outra dimensão. O que eu queria mesmo era ter um projetor em casa e colocar isso o dia inteiro gigante na minha parede. Melhor ainda: queria ter um videocassete Gradiente 4 cabeças, uma televisão Sharp e um SUPER TELÃO DA COPA pra projetar isso na minha parede.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
mixtape: a festa de Lincoln Olivetti
Conheço um monte de gente que sabe listar os grandes produtores mundiais do pop recente: Stuart Price, William Orbit, Calvin Harris, RedOne. Dos clássicos, talvez saibam Nile Rodgers, talvez Phil Spector. Mas pouquíssimas pessoas saberão citar um produtor brasileiro. Um grande nome atual, nem eu sei (será que temos?). Acho que damos pouca importância a esse profissional, assim como ao arranjador também.
Nos início dos anos 80, contudo, todo mundo sabia quem era o mago por trás dos sucessos onipresentes das FMs e trilhas de novela: Lincoln Olivetti. Foi com discos produzidos/arranjados por ele que muitos dos mega-artistas da MPB tiveram seus maiores sucessos. Bom, ele produziu praticamente todo mundo: Gal Costa, Tim Maia, Roberto Carlos, Rosana, Ney Matogrosso, Emílio Santiago, Sandra de Sá, Marina Lima, Simone, Marcos Valle, Elba Ramalho e milhões de outros. Fez muito sucesso e deve ter ganhado rios de dinheiro.
O mérito de Lincoln Olivetti foi ter atualizado a produção fonográfica nacional, colocando-a no mesmo nível das gravações estrangeiras, sem destoar no meio da miscelânea das rádios. E o melhor de tudo foi ter feito isso através de arranjos super funky, com baixos pulsantes e cordas lindas e sintetizadores e sopros nervosos à la Earth, Wind & Fire, George Benson e Rod Temperton.
Este mixtape é para homenagear a obra daquela época dominada por Lincoln, sobre a qual há pouquíssima informação na internet. Mas a falta de memória do nosso país é assunto pra um outro post. Este é de festa, e das boas. E acaba em carnaval. Vem!
02- Simone - Tô Que Tô (1982)
03- Lucia Turnbull - Aroma (1980)
04- Tony Bizarro - Estou Livre (1983)
05- Marcos Valle - Estrelar (1983)
06- Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Aleluia (1982)
07- Don Beto - Não Quero Mais (1978)
08- Almir Ricardi - Festa Funk (1984)
09- Gilberto Gil - Palco (1981)
10- Rosana - Tempo De Sorrir (1983)
11- Sandra Sá - Pela Cidade (1983)
12- Marina - Corações A Mil (1980)
13- Rita Lee - Lança Perfume (1980)
14- Ney Matogrosso - Amor Objeto (1981)
15- Junior Mendes - Copacabana Sadia (1982)
16- Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Babilônia Rock (1984)
17- Gal Costa - Festa Do Interior (1981)
18- Elba Ramalho - Banho De Cheiro (1983)
Nos início dos anos 80, contudo, todo mundo sabia quem era o mago por trás dos sucessos onipresentes das FMs e trilhas de novela: Lincoln Olivetti. Foi com discos produzidos/arranjados por ele que muitos dos mega-artistas da MPB tiveram seus maiores sucessos. Bom, ele produziu praticamente todo mundo: Gal Costa, Tim Maia, Roberto Carlos, Rosana, Ney Matogrosso, Emílio Santiago, Sandra de Sá, Marina Lima, Simone, Marcos Valle, Elba Ramalho e milhões de outros. Fez muito sucesso e deve ter ganhado rios de dinheiro.
O mérito de Lincoln Olivetti foi ter atualizado a produção fonográfica nacional, colocando-a no mesmo nível das gravações estrangeiras, sem destoar no meio da miscelânea das rádios. E o melhor de tudo foi ter feito isso através de arranjos super funky, com baixos pulsantes e cordas lindas e sintetizadores e sopros nervosos à la Earth, Wind & Fire, George Benson e Rod Temperton.
Este mixtape é para homenagear a obra daquela época dominada por Lincoln, sobre a qual há pouquíssima informação na internet. Mas a falta de memória do nosso país é assunto pra um outro post. Este é de festa, e das boas. E acaba em carnaval. Vem!
No Caso - Mixtape Lincoln Olivetti by No Caso on Mixcloud
01- Tim Maia - Não Vá (1980)02- Simone - Tô Que Tô (1982)
03- Lucia Turnbull - Aroma (1980)
04- Tony Bizarro - Estou Livre (1983)
05- Marcos Valle - Estrelar (1983)
06- Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Aleluia (1982)
07- Don Beto - Não Quero Mais (1978)
08- Almir Ricardi - Festa Funk (1984)
09- Gilberto Gil - Palco (1981)
10- Rosana - Tempo De Sorrir (1983)
11- Sandra Sá - Pela Cidade (1983)
12- Marina - Corações A Mil (1980)
13- Rita Lee - Lança Perfume (1980)
14- Ney Matogrosso - Amor Objeto (1981)
15- Junior Mendes - Copacabana Sadia (1982)
16- Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Babilônia Rock (1984)
17- Gal Costa - Festa Do Interior (1981)
18- Elba Ramalho - Banho De Cheiro (1983)
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
the face of rio
Feliz 2013! É verão, é calor, sol, praia, e todos aqueles clichês que aparecem nas revistas de moda to-dos-os-a-nos nessa época: "a cara do Rio", "a vez do Rio", "Rio alto verão", "Rio 40 graus", etc. Apesar dos lugares-comuns, a verdade é que o Rio, de qualquer ângulo, em qualquer época, é o máximo e minha cidade favorita em todo o globo terrestre. Como eu não posso (mais) usufruir dela diariamente (por enquanto), mato as saudades com esses vídeos que andam fazendo da Cidade Maravilhosa. Valem super a pena. Dá uma olhada e baba, baby:
domingo, 16 de dezembro de 2012
listas! no caso awards 2012
É chegada a grande hora de revelar quem foram os melhores na música de 2012, na humilde opinião de nossa redação. Humilde nada, que vai ter red carpet e tudo. Põe sua luva longa de cetim, tira as jóias do penhor e vem, que a noite é de gala.
Os 15 Discos do ano:
Sam Sparro - Return To Paradise
Se inspirando na música dançante lançada entre os anos de 1978 e 1983, Sam lançou esta homenagem ao Paradise Garage e fez o grande disco do ano. Em seu segundo disco, já se fixou como um de meus cantores favoritos em todo o sempre.
Penguin Prison - Penguin Prison
Outro disco que se inspira claramente nos anos 80 e traz um pop melodioso, delicioso e muito bem-feito.
Monarchy - Around The Sun
Eletrônico e dançante de muito bom-gosto, sem cair na chatice do bate-estaca, nem nos teclados agressivos que tanto fizeram sucesso em 2012, tipo David Guetta e Calvin Harris.
Scissor Sisters - Magic Hour
Let's Have A Kiki é simplesmente a melhor música do ano. Um hino gay que atingiu as massas, com sua própria coreografia e tudo. Tipo uma Vogue para 2012. Genial. E o disco ainda tem outros momentos brilhantes.
Bright Light Bright Light - Make Me Believe In Hope
Rod Thomas virou uma obsessão minha neste ano. Em vez de mirar nos 80s, ele se volta mais pros anos 90 para dar molho a seu pop-dançante-delícia.
Elton John vs. Pnau - Good Morning To The Night
Um trabalho de colagem genial, criando músicas novas a partir de vocais antigos de músicas misturadas numa mesma faixa. E sem ficar com cara de mashup.
Breakbot - By Your Side
É o legítimo som adult-oriented 70s e 80s que tocava na Antena 1, só que feito agora. Tem como não amar?
Yan Wagner - Forty-Eight Hours
Adoro a voz grave desse francês cantando por cima de bases eletrônicas retrôs e modernas. Ele deve ter ouvido muito Joy Division e Depeche Mode na adolescência.
School Of Seven Bells - Put Your Sad Down
Embora seja só um EP com cinco faixas, todas elas são tão boas que já garantiram seu lugar na festa.
Gotye - Making Mirrors
Esse australiano é detentor do maior sucesso de 2012, seu dueto com a neo-zelandesa Kimbra 'Somebody That I Used To Know'. Mas desde o início do disco, com citação de Aquarela do Brasil, já se vê o esmero de Gotye em sua produção. Minha faixa favorita do disco é o reggae-eletrônico State Of The Art.
Jessie Ware - Devotion
A inglesa que é sempre apontada como a Sade de 2012 fez um disco delicioso que dá pra ouvir prestando atenção ou deixando de fundo.
El Perro Del Mar - Pale Fire
Outro disco que, como o da Jessie aqui em cima, é calminho, tranquilo, sem gritarias, sem grandes efeitos, mas com músicas de muito bom-gosto.
Twin Shadow - Confess
Um disco meio dark, meio new wave, que é muito bom e rolou bastante nos fones de ouvido por aqui.
Two Door Cinema Club - Beacon
Minha escolha de rock gostoso do ano. Não traz nenhuma novidade especial, mas tem composições sólidas pra ficar cantarolando o resto do dia.
Esthero - Everything Is Expensive
A faixa-título é uma de minhas preferidas do ano, mas o disco também tem pop, rock e até country. Acho que a canadense queria mesmo se vender como uma grande compositora que passeia por vários gêneros.
As 15 Músicas do ano:
(Só concorre nesta categoria quem não se elege para disco do ano, sem ordem específica)
Sia - Titanium/Diamonds/Radioactive
Sia teve que entrar na lista, porque apesar de não querer aparecer muito, foi a grande compositora pop do ano. Emplacou seu single com David Guetta, está no primeiro lugar com Diamonds que a Rihanna gravou, e mandou Radioactive para Rita Ora. É a mais bem-sucedida artista de 2012 e quase ninguém sabe quem é. Gênia!
Sky Ferreira - Everyhting Is Embarrassing
Solange - Losing You
Sky e Solange confiaram ao produtor Dev Hynes seus recentes trabalhos, e acertaram. Trazem um quê cool para o pop farofa que tem rolado ultimamente.
Carly Rae Jepsen - Call Me Maybe
Não teve como escapar desta em 2012, né? Os arranjos de cordas, a figura da Lolita oferecida (que no final do vídeo descobre que o objeto de seu afeto era gay), fizeram uma pequena obra-prima pop.
A*M*E - Play The Game Boy
Ainda vamos ouvir falar muito de A*M*E em 2013, quando lançar seu disco de estreia. este aperitivo já me conquistou de cara, com sua influência de Chaka Khan.
ColeCo - Ricky Smiley
New Look - Janet
Parralox - Sharper Than A Knife (Pete Hammond Remix)
Ricky Smiley é na verdade um remix de uma música antiga da Brandy. Janet é uma regravação de uma faixa de um dos primeiros discos da Janet Jackson. Mas ambas trouxeram um frescor e talvez ficaram até melhores que as originais. Sharper Than A Knife foi lançada em 2009, mas foi retrabalhada e ganhou fama este ano
Kimbra - Settle Down
Com um quê de Kate Bush e outro de Björk, Kimbra lançou sua estreia super promissora.
Karmin - Brokenhearted
Pop-chiclete que gruda na cabeça. Adoro os vocais da moça, que muitas vezes me lembra Beyoncé com um filtro Gwen Stefani.
Robbie Williams - Candy
Embora eu não tenha curtido o álbum novo do Robbie (eu amei seu antecessor), Candy me pegou em cheio com suas cordas e seu espírito sessentista. Ouça a versão extended para a experiência completa.
Melanie Amaro - Don't Fail Me Now
A participante do X-Factor UK lançou seu single de estreia com o típico som dançante que fez sucesso este ano, mas ainda se saiu bem acima da média e merece figurar aqui.
George Michael - White Light
A princípio torci o nariz para o som eletrônico datado e os vocais cheios de autotune, mas não há como negar a qualidade de composição de George Michael. Linda música.
ShyBoy - Bird In Flight
O DJ de San Francisco lançou seu primeiro trabalho autoral e eu amei o som mais calminho, quase tipo o grupo America nos anos 70.
Betty Who - Fire With Fire
Outra australiana que promete muito em 2013. Ela lançou dois singles gratuitos este ano e eu estou amando.
Os 15 Discos do ano:
Sam Sparro - Return To Paradise
Se inspirando na música dançante lançada entre os anos de 1978 e 1983, Sam lançou esta homenagem ao Paradise Garage e fez o grande disco do ano. Em seu segundo disco, já se fixou como um de meus cantores favoritos em todo o sempre.
Penguin Prison - Penguin Prison
Outro disco que se inspira claramente nos anos 80 e traz um pop melodioso, delicioso e muito bem-feito.
Monarchy - Around The Sun
Eletrônico e dançante de muito bom-gosto, sem cair na chatice do bate-estaca, nem nos teclados agressivos que tanto fizeram sucesso em 2012, tipo David Guetta e Calvin Harris.
Scissor Sisters - Magic Hour
Let's Have A Kiki é simplesmente a melhor música do ano. Um hino gay que atingiu as massas, com sua própria coreografia e tudo. Tipo uma Vogue para 2012. Genial. E o disco ainda tem outros momentos brilhantes.
Bright Light Bright Light - Make Me Believe In Hope
Rod Thomas virou uma obsessão minha neste ano. Em vez de mirar nos 80s, ele se volta mais pros anos 90 para dar molho a seu pop-dançante-delícia.
Elton John vs. Pnau - Good Morning To The Night
Um trabalho de colagem genial, criando músicas novas a partir de vocais antigos de músicas misturadas numa mesma faixa. E sem ficar com cara de mashup.
Breakbot - By Your Side
É o legítimo som adult-oriented 70s e 80s que tocava na Antena 1, só que feito agora. Tem como não amar?
Yan Wagner - Forty-Eight Hours
Adoro a voz grave desse francês cantando por cima de bases eletrônicas retrôs e modernas. Ele deve ter ouvido muito Joy Division e Depeche Mode na adolescência.
School Of Seven Bells - Put Your Sad Down
Embora seja só um EP com cinco faixas, todas elas são tão boas que já garantiram seu lugar na festa.
Gotye - Making Mirrors
Esse australiano é detentor do maior sucesso de 2012, seu dueto com a neo-zelandesa Kimbra 'Somebody That I Used To Know'. Mas desde o início do disco, com citação de Aquarela do Brasil, já se vê o esmero de Gotye em sua produção. Minha faixa favorita do disco é o reggae-eletrônico State Of The Art.
Jessie Ware - Devotion
A inglesa que é sempre apontada como a Sade de 2012 fez um disco delicioso que dá pra ouvir prestando atenção ou deixando de fundo.
El Perro Del Mar - Pale Fire
Outro disco que, como o da Jessie aqui em cima, é calminho, tranquilo, sem gritarias, sem grandes efeitos, mas com músicas de muito bom-gosto.
Twin Shadow - Confess
Um disco meio dark, meio new wave, que é muito bom e rolou bastante nos fones de ouvido por aqui.
Two Door Cinema Club - Beacon
Minha escolha de rock gostoso do ano. Não traz nenhuma novidade especial, mas tem composições sólidas pra ficar cantarolando o resto do dia.
Esthero - Everything Is Expensive
A faixa-título é uma de minhas preferidas do ano, mas o disco também tem pop, rock e até country. Acho que a canadense queria mesmo se vender como uma grande compositora que passeia por vários gêneros.
As 15 Músicas do ano:
(Só concorre nesta categoria quem não se elege para disco do ano, sem ordem específica)
Sia - Titanium/Diamonds/Radioactive
Sia teve que entrar na lista, porque apesar de não querer aparecer muito, foi a grande compositora pop do ano. Emplacou seu single com David Guetta, está no primeiro lugar com Diamonds que a Rihanna gravou, e mandou Radioactive para Rita Ora. É a mais bem-sucedida artista de 2012 e quase ninguém sabe quem é. Gênia!
Sky Ferreira - Everyhting Is Embarrassing
Solange - Losing You
Sky e Solange confiaram ao produtor Dev Hynes seus recentes trabalhos, e acertaram. Trazem um quê cool para o pop farofa que tem rolado ultimamente.
Carly Rae Jepsen - Call Me Maybe
Não teve como escapar desta em 2012, né? Os arranjos de cordas, a figura da Lolita oferecida (que no final do vídeo descobre que o objeto de seu afeto era gay), fizeram uma pequena obra-prima pop.
A*M*E - Play The Game Boy
Ainda vamos ouvir falar muito de A*M*E em 2013, quando lançar seu disco de estreia. este aperitivo já me conquistou de cara, com sua influência de Chaka Khan.
ColeCo - Ricky Smiley
New Look - Janet
Parralox - Sharper Than A Knife (Pete Hammond Remix)
Ricky Smiley é na verdade um remix de uma música antiga da Brandy. Janet é uma regravação de uma faixa de um dos primeiros discos da Janet Jackson. Mas ambas trouxeram um frescor e talvez ficaram até melhores que as originais. Sharper Than A Knife foi lançada em 2009, mas foi retrabalhada e ganhou fama este ano
Kimbra - Settle Down
Com um quê de Kate Bush e outro de Björk, Kimbra lançou sua estreia super promissora.
Karmin - Brokenhearted
Pop-chiclete que gruda na cabeça. Adoro os vocais da moça, que muitas vezes me lembra Beyoncé com um filtro Gwen Stefani.
Robbie Williams - Candy
Embora eu não tenha curtido o álbum novo do Robbie (eu amei seu antecessor), Candy me pegou em cheio com suas cordas e seu espírito sessentista. Ouça a versão extended para a experiência completa.
Melanie Amaro - Don't Fail Me Now
A participante do X-Factor UK lançou seu single de estreia com o típico som dançante que fez sucesso este ano, mas ainda se saiu bem acima da média e merece figurar aqui.
George Michael - White Light
A princípio torci o nariz para o som eletrônico datado e os vocais cheios de autotune, mas não há como negar a qualidade de composição de George Michael. Linda música.
ShyBoy - Bird In Flight
O DJ de San Francisco lançou seu primeiro trabalho autoral e eu amei o som mais calminho, quase tipo o grupo America nos anos 70.
Betty Who - Fire With Fire
Outra australiana que promete muito em 2013. Ela lançou dois singles gratuitos este ano e eu estou amando.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
vício da semana
Regina Duarte está com tudo este ano, não é mesmo, minha gente? Primeiro ela apareceu num vídeo delicioso dançando em Nova Iorque (e quase virou um meme). Mas isso foi só o aperitivo. Ela agora (também para a Caras) vem num vídeo que, pra mim, é o melhor do ano, desbancando Nana Gouvêa e quem mais vier. Não tem pra ninguém. Eu estou decorando as falas e já sei quase todas. Vem assistir comigo e depois a gente faz um flashmob só de Reginas lá no MercaTudo, vocês topam?
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
happy birthday, darling
Há 30 anos era lançado o maior disco de todos os tempos, Thriller. Claro que, a essa altura, vocês já sabem o que isso representou. Centenas de milhões de cópias vendidas em todo o mundo, vídeos icônicos que todo mundo já assistiu e sabe de cor, e seu criador, Michael Jackson, catapultado à condição de maior astro pop mundial.
Mas as coisas não foram assim tão fáceis quanto possam parecer. Em 1982 havia um enorme apartheid entre "música branca" e "música negra". Quem ouvia uma, não ouvia a outra e ninguém sabia dos sucessos do outro grupo nem mesmo quem eram seus artistas. Isso aconteceu principalmente por dois fatores: O primeiro foi a transição das rádios AM para FM nos Estados Unidos, no fim dos anos 70. Nas emissoras AM, a maioria tocava o que rolava nas paradas de sucesso de qualquer gênero. Tocava um sucesso disco, depois um do rock, outro country, e por aí vai. Agradava a todo mundo sem agradar a um público específico. Quando houve a migração para estações FM, decidiu-se que era melhor segmentar. Assim, quem gostava de rock tinha sua rádio só de rock, sem ter que ouvir Donna Summer. Quem gostava de Donna Summer tinha sua rádio black e não precisava aguentar AC/DC até surgir a outra música. O segundo fator é que pesando nesse apartheid tinha o movimento Disco Sucks. Os EUA viviam um momento de ódio à disco desde o fim de 79, então tudo que era black era associado a discoteca e, portanto, isolado em canais específicos.
A situação era tão crítica que a participação de artistas negros nas paradas americanas de 1980 a 1982 havia caído 80%. No fim dos anos 70 o índice de música black nas paradas era de 50%. Em 1982, as únicas músicas "negras" que haviam feito sucesso de verdade eram Truly, do Lionel Richie e Ebony And Ivory, do Stevie Wonder (mas com a ajuda "branca" de Paul McCartney). E na verdade, nem eram nada negras em sua sonoridade. E uma música branca fez sucesso nas paradas negras. Era I Can't Go For That, do Hall & Oates. Estão percebendo o que vem por aí?
A CBS, gravadora de Michael, estava quase falindo e apostou tudo no lançamento do disco. Não à toa, escolheram como single de lançamento The Girl Is Mine, dueto com quem? Isso mesmo, Paul McCartney. A presença de Paul garantiria que a música conseguisse ser tocada em rádios "brancas". Resolveram nem fazer clipe para a faixa, já que a MTV, que acabava de debutar, seguia o esquema das rádios e não tocava artistas negros.
The Girl Is Mine até teve um certo sucesso, nada tão estrondoso, mas atingiu seu objetivo: furar o bloqueio e preparar o terreno para o que estava por vir. Em janeiro de 1983, foi lançado o segundo single de Michael, Billie Jean, com uma batida e linha de baixo semelhantes àquelas do sucesso de Hall & Oates. Coincidência?
Billie Jean conseguiu o que todos queriam: que uma música negra de verdade voltasse às rádios pop e às paradas de sucesso. Apostando todas as suas fichas, a CBS mandou produzir vídeos para a faixa e também para o próximo single, Beat It. Lembrem que, excetuando-se raríssimos exemplos, quase não se dançava em videos naquela época. Quando a MTV viu que o clipe de Billie Jean era bom, mas tão bom, decidiu abaixar um pouco a guarda e experimentar exibi-lo. Pronto, acendeu-se a fagulha do megasucesso, tanto para Michael, quando para a MTV. Era um casal perfeito. Quando Beat It foi lançada, outra vez trazia o crossover black/white, com as guitarras rock de Eddie Van Halen. É importante dizer que foi em Thriller que até a imagem de Michael Jackson começou a embranquecer. O nariz vinha mais fino, o cabelo menos crespo.
A missão de Michael em Thriller era ao mesmo tempo salvar sua gravadora, impulsionar sua carreira, movimentar a indústria de discos e clipes e restabelecer a paz mundial no mundo segmentado da música do início dos anos 80. Ele conseguiu, mas nunca mais foi o mesmo. E por causa dele, nada será como antes.
Happy anniversary, darling.
Mas as coisas não foram assim tão fáceis quanto possam parecer. Em 1982 havia um enorme apartheid entre "música branca" e "música negra". Quem ouvia uma, não ouvia a outra e ninguém sabia dos sucessos do outro grupo nem mesmo quem eram seus artistas. Isso aconteceu principalmente por dois fatores: O primeiro foi a transição das rádios AM para FM nos Estados Unidos, no fim dos anos 70. Nas emissoras AM, a maioria tocava o que rolava nas paradas de sucesso de qualquer gênero. Tocava um sucesso disco, depois um do rock, outro country, e por aí vai. Agradava a todo mundo sem agradar a um público específico. Quando houve a migração para estações FM, decidiu-se que era melhor segmentar. Assim, quem gostava de rock tinha sua rádio só de rock, sem ter que ouvir Donna Summer. Quem gostava de Donna Summer tinha sua rádio black e não precisava aguentar AC/DC até surgir a outra música. O segundo fator é que pesando nesse apartheid tinha o movimento Disco Sucks. Os EUA viviam um momento de ódio à disco desde o fim de 79, então tudo que era black era associado a discoteca e, portanto, isolado em canais específicos.
A situação era tão crítica que a participação de artistas negros nas paradas americanas de 1980 a 1982 havia caído 80%. No fim dos anos 70 o índice de música black nas paradas era de 50%. Em 1982, as únicas músicas "negras" que haviam feito sucesso de verdade eram Truly, do Lionel Richie e Ebony And Ivory, do Stevie Wonder (mas com a ajuda "branca" de Paul McCartney). E na verdade, nem eram nada negras em sua sonoridade. E uma música branca fez sucesso nas paradas negras. Era I Can't Go For That, do Hall & Oates. Estão percebendo o que vem por aí?
A CBS, gravadora de Michael, estava quase falindo e apostou tudo no lançamento do disco. Não à toa, escolheram como single de lançamento The Girl Is Mine, dueto com quem? Isso mesmo, Paul McCartney. A presença de Paul garantiria que a música conseguisse ser tocada em rádios "brancas". Resolveram nem fazer clipe para a faixa, já que a MTV, que acabava de debutar, seguia o esquema das rádios e não tocava artistas negros.
The Girl Is Mine até teve um certo sucesso, nada tão estrondoso, mas atingiu seu objetivo: furar o bloqueio e preparar o terreno para o que estava por vir. Em janeiro de 1983, foi lançado o segundo single de Michael, Billie Jean, com uma batida e linha de baixo semelhantes àquelas do sucesso de Hall & Oates. Coincidência?
Billie Jean conseguiu o que todos queriam: que uma música negra de verdade voltasse às rádios pop e às paradas de sucesso. Apostando todas as suas fichas, a CBS mandou produzir vídeos para a faixa e também para o próximo single, Beat It. Lembrem que, excetuando-se raríssimos exemplos, quase não se dançava em videos naquela época. Quando a MTV viu que o clipe de Billie Jean era bom, mas tão bom, decidiu abaixar um pouco a guarda e experimentar exibi-lo. Pronto, acendeu-se a fagulha do megasucesso, tanto para Michael, quando para a MTV. Era um casal perfeito. Quando Beat It foi lançada, outra vez trazia o crossover black/white, com as guitarras rock de Eddie Van Halen. É importante dizer que foi em Thriller que até a imagem de Michael Jackson começou a embranquecer. O nariz vinha mais fino, o cabelo menos crespo.
A missão de Michael em Thriller era ao mesmo tempo salvar sua gravadora, impulsionar sua carreira, movimentar a indústria de discos e clipes e restabelecer a paz mundial no mundo segmentado da música do início dos anos 80. Ele conseguiu, mas nunca mais foi o mesmo. E por causa dele, nada será como antes.
Happy anniversary, darling.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
vício da semana
Isso é que dá a gente mandar as coisas pro favoritos e demorar dois meses pra ir conferir. Podia ter descoberto esse clipe da A*M*E muito antes. Estou obcecado, chocado, hipnotizado. Não dá pra tirar os olhos dela. Como uma espécie de Emília, ela é uma boneca que ganha vida no video de Play The Game Boy, mas como estamos em 2012, em vez de virar uma boneca de pano, ela vira uma espécie de Bratz, Monster High ou coisas do gênero. Mais um daqueles que dá vontade de morar dentro. Não siga o meu exemplo e dá o play AGORA!
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
happy birthday, darling
Hoje o álbum Dangerous do Michael Jackson atingiu a maioridade. Para muita gente, foi o disco mais marcante dele, já que eram muito novos para terem presenciado o furor de Thriller ou de Bad. E o disco foi mesmo um evento. Todo mundo se lembra de quando o Fantástico exibiu o clipe de Black Or White, logo no início do programa. Tudo era incrível: das danças étnicas aos cenários que iam mudando sem que se percebesse, os vasos que viravam dançarinas, a participação do Macaulay Culkin, muitos detalhes que a gente só viu depois quando gravou numa fita VHS. E, claro, todo mundo p-i-r-o-u quando apareciam aqueles efeitos de morphing no fim da música. E tinha a parte "polêmica" da pantera, que a mim nem chocou tanto. A comoção foi tanta que o Fantástico reprisou o clipe no encerramento, coisa que nunca havia existido e nunca mais se repetiu.
Depois veio o clipe de Remember The Time, que também foi um assombro de bom. Michael estava em sua melhor forma videoclíptica, embora o assunto mesmo nas rodas era sua transformação física cada vez mais evidente.
Musicalmente, Dangerous foi uma mudança no som de Michael, muito provavelmente por seu seu primeiro disco solo sem a produção de Quincy Jones, com quem havia feito Off The Wall, Thriller e Bad. As músicas tinham uma pegada mais urbana, mais R&B e até hip-hop (como em Jam). Claro, o pop também estava lá, como nas faixas dos clipes exibidos por aqui, e também aquelas músicas tipo hino que só o Michael conseguia emplacar, como Heal The World e Will You Be There. Tinha até um mistério no disco: seria a voz feminina de In The Closet mesmo da Madonna? Sabia-se que os dois, no auge de suas carreiras, queriam gravar alguma coisa juntos e tinham se encontrado na cerimônia do Oscar daquele ano para se conhecerem melhor e, quem sabe, surgir uma parceria. Não deu certo. Daí Michael, que não era bobo nem nada, contratou uma moça para fingir ser a Madonna e creditou-a na faixa apenas como "mystery girl". Depois Naomi Campbell (que na época queria ser cantora) regravou os vocais para a versão do clipe belíssimo dirigido por Herb Ritts.
Eu só sei que eu corri pra comprar o CD assim que chegou por aqui e ele não parou de tocar por vários meses. Lembra de quando a gente ouvia um mesmo disco por meses a fio? Então, com Dangerous foi assim e ele alegrou meu dezembro de 1991 todo, só tocou ele nas festas de fim de ano. Ok, às vezes intercalava com o Immaculate Collection pra não cansar tanto as pessoas.
E é uma pena saber hoje que a era Dangerous foi a última que vivemos com Michael em plena forma. Seus próximos (poucos) trabalhos foram marcados por escândalos sexuais e acabaram ficando em segundo plano. Mas que bom ter podido assistir à Dangerous Tour ao vivo no Morumbi 2 anos depois do lançamento do álbum. Foi a única vez que vi Michael Jackson e a última que o Brasil o viu.
Que bom que a obra sempre permanece. Happy anniversary, darling.
Depois veio o clipe de Remember The Time, que também foi um assombro de bom. Michael estava em sua melhor forma videoclíptica, embora o assunto mesmo nas rodas era sua transformação física cada vez mais evidente.
Musicalmente, Dangerous foi uma mudança no som de Michael, muito provavelmente por seu seu primeiro disco solo sem a produção de Quincy Jones, com quem havia feito Off The Wall, Thriller e Bad. As músicas tinham uma pegada mais urbana, mais R&B e até hip-hop (como em Jam). Claro, o pop também estava lá, como nas faixas dos clipes exibidos por aqui, e também aquelas músicas tipo hino que só o Michael conseguia emplacar, como Heal The World e Will You Be There. Tinha até um mistério no disco: seria a voz feminina de In The Closet mesmo da Madonna? Sabia-se que os dois, no auge de suas carreiras, queriam gravar alguma coisa juntos e tinham se encontrado na cerimônia do Oscar daquele ano para se conhecerem melhor e, quem sabe, surgir uma parceria. Não deu certo. Daí Michael, que não era bobo nem nada, contratou uma moça para fingir ser a Madonna e creditou-a na faixa apenas como "mystery girl". Depois Naomi Campbell (que na época queria ser cantora) regravou os vocais para a versão do clipe belíssimo dirigido por Herb Ritts.
Eu só sei que eu corri pra comprar o CD assim que chegou por aqui e ele não parou de tocar por vários meses. Lembra de quando a gente ouvia um mesmo disco por meses a fio? Então, com Dangerous foi assim e ele alegrou meu dezembro de 1991 todo, só tocou ele nas festas de fim de ano. Ok, às vezes intercalava com o Immaculate Collection pra não cansar tanto as pessoas.
E é uma pena saber hoje que a era Dangerous foi a última que vivemos com Michael em plena forma. Seus próximos (poucos) trabalhos foram marcados por escândalos sexuais e acabaram ficando em segundo plano. Mas que bom ter podido assistir à Dangerous Tour ao vivo no Morumbi 2 anos depois do lançamento do álbum. Foi a única vez que vi Michael Jackson e a última que o Brasil o viu.
Que bom que a obra sempre permanece. Happy anniversary, darling.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
vício da semana
Bom, aqui na redação já estamos cantando a pedra da volta da 90s house há anos, né? E foi matemático, aí está ela de novo. Estamos vivendo pra essa música do Tensnake nesse momento. Tenho pra mim que ano que vem vai ser o ano que vai virar mainstream de novo, anota aí. Vocês sabem que eu não erro, né? Aumenta o som, põe aquela sua calça prateada e vem com a gente que tá bom.
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