segunda-feira, 26 de novembro de 2012

happy birthday, darling

Hoje o álbum Dangerous do Michael Jackson atingiu a maioridade. Para muita gente, foi o disco mais marcante dele, já que eram muito novos para terem presenciado o furor de Thriller ou de Bad. E o disco foi mesmo um evento. Todo mundo se lembra de quando o Fantástico exibiu o clipe de Black Or White, logo no início do programa. Tudo era incrível: das danças étnicas aos cenários que iam mudando sem que se percebesse, os vasos que viravam dançarinas, a participação do Macaulay Culkin, muitos detalhes que a gente só viu depois quando gravou numa fita VHS. E, claro, todo mundo p-i-r-o-u quando apareciam aqueles efeitos de morphing no fim da música. E tinha a parte "polêmica" da pantera, que a mim nem chocou tanto. A comoção foi tanta que o Fantástico reprisou o clipe no encerramento, coisa que nunca havia existido e nunca mais se repetiu.
Depois veio o clipe de Remember The Time, que também foi um assombro de bom. Michael estava em sua melhor forma videoclíptica, embora o assunto mesmo nas rodas era sua transformação física cada vez mais evidente.
Musicalmente, Dangerous foi uma mudança no som de Michael, muito provavelmente por seu seu primeiro disco solo sem a produção de Quincy Jones, com quem havia feito Off The Wall, Thriller e Bad. As músicas tinham uma pegada mais urbana, mais R&B e até hip-hop (como em Jam). Claro, o pop também estava lá, como nas faixas dos clipes exibidos por aqui, e também aquelas músicas tipo hino que só o Michael conseguia emplacar, como Heal The World e Will You Be There. Tinha até um mistério no disco: seria a voz feminina de In The Closet mesmo da Madonna? Sabia-se que os dois, no auge de suas carreiras, queriam gravar alguma coisa juntos e tinham se encontrado na cerimônia do Oscar daquele ano para se conhecerem melhor e, quem sabe, surgir uma parceria. Não deu certo. Daí Michael, que não era bobo nem nada, contratou uma moça para fingir ser a Madonna e creditou-a na faixa apenas como "mystery girl". Depois Naomi Campbell (que na época queria ser cantora) regravou os vocais para a versão do clipe belíssimo dirigido por Herb Ritts.
Eu só sei que eu corri pra comprar o CD assim que chegou por aqui e ele não parou de tocar por vários meses. Lembra de quando a gente ouvia um mesmo disco por meses a fio? Então, com Dangerous foi assim e ele alegrou meu dezembro de 1991 todo, só tocou ele nas festas de fim de ano. Ok, às vezes intercalava com o Immaculate Collection pra não cansar tanto as pessoas.
E é uma pena saber hoje que a era Dangerous foi a última que vivemos com Michael em plena forma. Seus próximos (poucos) trabalhos foram marcados por escândalos sexuais e acabaram ficando em segundo plano. Mas que bom ter podido assistir à Dangerous Tour ao vivo no Morumbi 2 anos depois do lançamento do álbum. Foi a única vez que vi Michael Jackson e a última que o Brasil o viu.
Que bom que a obra sempre permanece. Happy anniversary, darling.

Um comentário:

R disse...

vem logo pra cá

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