De vez em quando a gente assiste a alguma coisa que desencadeia uma série de reflexões, e é tão gostoso poder pensar a respeito do mundo em que estamos vivendo, e poder chegar a algumas conclusões ou a outras dúvidas sobre o momento pelo qual atravessamos. "Sem refletir, qualquer um vai errar, penar." E a dúvida com a qual sempre me deparo é: seria o mundo de hoje mais careta do que já foi? Às vezes acho que sim, definitivamente; outras acho que não podemos analisar o presente com os olhos do passado, apesar de saber que "the future of the future will still contain the past".
É fato que não temos hoje um artista jovem como foi Ney Matogrosso, não com a mesma popularidade e alcance. Esse video foi exibido no Fantástico, gente. Alguém consegue imaginar algo parecido na Globo atual, que edita até abertura de novela em reprise? Do clipe do Ney, me lembrei dos programas maravilhosos do Rodrigo Faour sobre a sexualidade na música popular brasileira, muito mais avançada antes do que hoje (parte 1 aqui e parte 2 aqui).
Da arte, parti para a noite, duas coisas intrinsecamente ligadas. E me deparei com esse documentário sobre o clube Madame Satã na São Paulo dos anos 80. Será que há algo sendo feito hoje que será lembrado daqui a 20, 30 anos dessa forma? A noite que eu vejo existir (e que às vezes frequento) está tomada por empresas que controlam várias boates e restaurantes conglomerados, uma coisa meio sanitizada/corporativa/mainstream demais. O Madame reabriu recentemente, e eu ainda não conferi (devo ir essa semana), mas seguramente não terá o mesmo impacto, principalmente por ser um revival e não uma coisa nova.
Terminei o post e não cheguei a conclusão nenhuma, e nem pretendia. Mas dividam comigo seus pensamentos aqui nos comentários. De repente a revolução começa aqui mesmo, já pensou?
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