quinta-feira, 31 de maio de 2012

pra animar o fim de semana

Já que falamos no Paradise Garage aqui embaixo, por que não irmos direto na fonte? Pra quem não sabe, o DJ Larry Levan era quem comandava as picapes do clube, todas as noites, o tempo todo. Larry é uma lenda da noite e da música eletrônica/dançante, e tinha o poder de transformar em hit tudo o que tocava. Quem quiser ir mais a fundo e descobrir como tudo que há hoje é consequência do que já houve antes, existe um documentário de 2003 chamado Maestro. Lá, além de Levan e do Paradise Garage, você vai ouvir depoimentos de gente importantíssima como Frankie Knuckles, François K, Jellybean Benitez (daí a gente já liga à Madonna, claro) e tantos outros.
E a internet é tão maravilhosa, gente, que nós podemos ouvir NA ÍNTEGRA como foi a última noite do Paradise Garage, no fim de semana de 25 a 28 de setembro de 1987. Chama os amigos, prepara uns drinquinhos e quando for meia-noite põe o Larry Levan tocando pra vocês na sala de casa. Luxo pesado!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

o melhor disco do ano?

2012 está mesmo sendo um ano bem legal pra música pop de qualidade, hein? Já tivemos muitos lançamentos bacanas este ano, como o do Scissor Sisters que acabou de sair. E ainda temos um novo do Alphabeat vindo por aí, a gente AMA! Mas estou achando mesmo que o troféu de disco do ano vai para o Return To Paradise do Sam Sparro, que sai depois de amanhã (dia 1º).
Nada me tira da cabeça que o tal Paradise pro qual o cantor sugere que voltemos é o lendário clube novaiorquino Paradise Garage que funcionou de 1976 a 1987 e foi a Meca da música dançante, desde a época da discoteca até o surgimento do house e do tecno do fim dos anos 80.
E em seu segundo álbum, Sam Sparro passeia por todos os ritmos mais famosos de boate em suas composições de forma bem democrática, assim como era o clube, ao contrário do mais famoso (e bem mais elitista) Studio 54. Sam promove seu retorno ao Paradise evocando sucessos de artistas como France Joli em We Could Fly, Sylvester na faixa Closer, ou a principal figura com a qual é sempre comparado, Prince em Quarter-Life Crisis.
É pra dançar, é pra cantar, é pra resgatar a alegria de sair à noite e voltar pra casa de manhã suado, realizado e feliz. Eu tô voltando pro paraíso com o Sam Sparro, e se eu fosse você vinha com a gente, tá?


UPDATE: Eu juro que só vi esse video agora, depois de ter escrito tudo isso aqui em cima. Bem, eu estava certo, né? Sam confirma tudo que eu disse, tá? Mas o melhor não é isso! É a forma como ele resolveu falar do disco. Te lembrou alguma coisa? Te amo pra sempre, Sam

sexta-feira, 25 de maio de 2012

e a animação não para

Êta sexta-feira boa. Já está rolando por aí o novo do Scissor Sisters, hein? E olha, é tipo maravilhoso. Eu não havia gostado muito do single de estreia Only The Horses. Aliás, tá rolando meio que uma overdose de Calvin Harris na música pop de 2012, né? Isso enche, porque parece tudo a mesma música. Mas pra minha feliz surpresa, o disco não se parece muito com o single. É gay, é dançante, é divertido, é mais pra cima que o antecessor Night Work, que também era dançante, mas era sombrio como um after na Augusta.
Se eu ainda não te convenci, dá uma olhada no "comercial" que eles fizeram pra promover o disco. Fala que não é tudo? Vem que tá legal.

pra animar o fim de semana

Tem clipe fresquinho e muito legal da minha, da sua, da nossa amada Kylie. É um típico exemplo de música que fica melhor por causa do vídeo, que não tem nada de mais, mas ainda assim é contagiante. E é incrível como o tempo não passa pra essas mulheres, né? Kylie continua uma menina e cada vez mais bonita. Então corta aquela sua camiseta em tiras, finge que é esse vestido abusado que ela usa e vem dançar comigo.

domingo, 20 de maio de 2012

produtos surreais


Mais uma adição à nossa lista de coisas surreais com o monograma da Vuitton.

we [heart] tilda!

Tilda Swinton às vezes me dá muito medo. Quase sempre, na verdade. Mas ela tem um não-sei-o-quê que me atrai e eu não consigo parar de olhar pra ela. Ela não se parece nem se comporta como nenhuma outra estrela de cinema atual, e isso já é o suficiente pra ganhar muitos pontos na escala extra-cool, né? Pra ganhar de vez meu coração, ela posou para a capa da revista Candy, "a primeira revista de estilo transversal", em que cada celebridade de capa aparece com outro gênero. Já teve James Franco feminino, já teve Chloë Sevigny vestida daquele fotógrafo que eu detesto. E o mais maravilhoso é que a capa da Tilda não é ela vestida de homem, porque isso não seria mesmo muito distante da realidade, daí colocaram-na hiper feminina, quase uma super-heroína a la She-Ra. Deslumbrante. Queria que Tilda Swinton fosse uma cantora pop.
Corre pra ver as outras fotos aqui.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

não sei o que dizer



Hoje perdemos a pessoa física de Donna Summer. Claro que a artista e sua obra vivem eternamente. Ainda bem. Donna Summer é a artista mais importante da música dançante em todo o sempre. O remix e as versões estendidas de sucessos foram catapultados por ela. Nos livros de história, está lá: quem inventou o disco de 12 polegadas com apenas uma música de cada lado foram os jamaicanos e seu reggae. Mas foi com LaDonna Gaines que ganhou popularidade e definiram uma indústria que, até hoje, lança remixes de 8, 9, 14 minutos de uma música. Essa "uma" música poderia ser na verdade vários movimentos, variações sobre um tema, assim como a música clássica. Quem inventou o que se tornaria praxe foi Donna Summer, junto com seus parceiros Giorgio Moroder e Pete Bellotte.
I Love To Love You Baby foi a resposta disco (quando o termo ainda estava sendo inventado) para Je T'aime, Moi Non Plus, que havia causado escândalo em 1969. A música de Donna ocupava o lado inteiro de um LP, com quase 17 minutos. Entenderam? A versão "remix" ERA a versão do álbum. Em 1975!
Depois disso, apostaram nos discos-conceito: a trilogia do amor (A Love Trilogy), as quatro estações do ano (Four Seasons Of Love), a volta ao passado (I Remember Yesterday), cada um mais incrível que o outro. E mais ambicioso. Eram cordas, eram metais, eram orquestras, eram arranjos. E era aquela voz. A VOZ que era capaz de sussurar gemidos era também capaz de soltar agudos e graves e volumes e segurar uma nota e encarnar personagens diferentes.
Daí justamente nessa volta ao passado de I Remember Yesterday, Donna Summer termina o disco com um petardo futurista: I Feel Love, que mudou pra sempre o curso da música eletrônica. Não haviam orquestras, não haviam arranjos rebuscados, havia só um sintetizador e a voz. O resto é história, literalmente. E das boas. Das melhores.
Donna Summer será sempre lembrada como a Rainha da Disco, o que ela indiscutivelmente foi. Mas não vendeu 130 milhões de discos "só" com a disco. Passeou também pelo synth-pop do começo dos 80s, pela dance music chiclete do fim dos 80s, pelo R&B dos 90s, pelo house (lembra quando tocava State of Independence nas festas tipo Val Demente?), pelas baladas, até seu último disco Crayons em 2008, mesmo ano em que Lady Gaga nasceu pra gente. E Crayons, pensei na época quando ouvi pela primeira vez, não ficava nada a dever com o pop que estava sendo feito para a época.
O maior choque de todos é que Donna, sempre muito discreta e reservada, assim como não saía em tablóides também não avisou a quase ninguém de sua doença. Muito digna e chique. Ficará pra sempre em nossos corações e em nossos iPods, ou em qualquer formato que possa surgir.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

reflexão da semana

De vez em quando a gente assiste a alguma coisa que desencadeia uma série de reflexões, e é tão gostoso poder pensar a respeito do mundo em que estamos vivendo, e poder chegar a algumas conclusões ou a outras dúvidas sobre o momento pelo qual atravessamos. "Sem refletir, qualquer um vai errar, penar." E a dúvida com a qual sempre me deparo é: seria o mundo de hoje mais careta do que já foi? Às vezes acho que sim, definitivamente; outras acho que não podemos analisar o presente com os olhos do passado, apesar de saber que "the future of the future will still contain the past".

É fato que não temos hoje um artista jovem como foi Ney Matogrosso, não com a mesma popularidade e alcance. Esse video foi exibido no Fantástico, gente. Alguém consegue imaginar algo parecido na Globo atual, que edita até abertura de novela em reprise? Do clipe do Ney, me lembrei dos programas maravilhosos do Rodrigo Faour sobre a sexualidade na música popular brasileira, muito mais avançada antes do que hoje (parte 1 aqui e parte 2 aqui).
Da arte, parti para a noite, duas coisas intrinsecamente ligadas. E me deparei com esse documentário sobre o clube Madame Satã na São Paulo dos anos 80. Será que há algo sendo feito hoje que será lembrado daqui a 20, 30 anos dessa forma? A noite que eu vejo existir (e que às vezes frequento) está tomada por empresas que controlam várias boates e restaurantes conglomerados, uma coisa meio sanitizada/corporativa/mainstream demais. O Madame reabriu recentemente, e eu ainda não conferi (devo ir essa semana), mas seguramente não terá o mesmo impacto, principalmente por ser um revival e não uma coisa nova.
Terminei o post e não cheguei a conclusão nenhuma, e nem pretendia. Mas dividam comigo seus pensamentos aqui nos comentários. De repente a revolução começa aqui mesmo, já pensou?

terça-feira, 8 de maio de 2012

vício da semana

Os canadenses do ColeCo pegaram o I Wanna Be Down, hit de 1994 da Brandy, e transformaram nessa delícia absurdista fechatória. Estão vendo/ouvindo porque estou saindo cada vez menos pra dançar, gente? Se houver um lugar onde se possa balançar ao som de coisas desse naipe, vocês me avisem, hein? Por enquanto, a sala da minha casa é a melhor pista de dança de São Paulo. Vem!


PS: Querem ouvir mais o som do ColeCo? Vai lá no SoundCloud deles.
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