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MDNA é lançado no ano em que Madonna completa 30 anos de carreira. E o álbum é mesmo, como já havia dito, um extrato concentrado de tudo que ela já fez, quase um greatest hits, porém atualizado para 2012. Estão ali todas as personagens que já encarnou: a Material Girl, a menina inocente dos anos 50 de True Blue, a católica, Dita, Veronica Electronica, M-Dolla, a violenta da era Guy Ritchie e tantas outras. Elas vêm misturadas, processadas, indivisíveis, mostrando que ainda habitam a mesma artista e que há verdade em cada uma delas. Os melhores trabalhos da Madonna sempre foram permeados de verdade e MDNA é, em sua maioria, verdadeiro e tocante, sem deixar de ser dançante e animado ao mesmo tempo. Dessa forma, consegue a proeza de agradar a todos os fãs antigos em pelo menos algum momento e conquistar novos que estão se entendendo por gente agora. Nessa tarefa ambiciosíssima, Madonna cumpre o que promete e se garante por mais um bom tempo num lugar que podem até tentar tirar dela, mas que pertence única e exclusivamente a quem o inventou: ela própria. Genial!
PS: Havia escrito uma introdução gigante, quase um tratado sobre o universo pop até o momento. Mas, em 2012, quem quer ler textos gigantes, né? Vamos digerindo, deglutindo, fagocitando, assim como essa moça aqui em cima.